Oportunismo Amorfo ou o (Des)Envolvimento
O Parapente em Linhares vai acabar?
Fui supreendido com algo que chegou à minha caixa de correio e em que não queria acreditar. Fiquei perplexo, para não dizer coisa pior. Então não é que começaram a cobrar 3 euros a cada praticante de parapente que põe os pés na aldeia serrana de Linhares da Beira, mais concretamente, na aterragem oficial da capital do voo livre Portuguesa?? Inacreditável !!
Recentemente foi ganha uma dura batalha contra interesses privados de instalação de um parque eólico, precisamente por se defender um modelo de desenvolvimento para o local (e região envolvente) que passa pelo aproveitamento das (excelentes) condições geomorfológicas e de aerologia para a prática daquela modalidade, que atrai inumeros visitantes ao longo do ano. Um dos poucos locais que possui recursos endógenos para a sua dinamização económica, social e turística.
Ao ler um texto do Vitor Baía, pioneiro da modalidade no local e durante muitos anos responsável pela Escola de Parapente do INATEL em Linhares (que deixou recentemente), publicado no Forum dos Parapentistas Portugueses (só este fórum tem 380 praticantes), relembro o tortuoso percurso de afirmação daquela modalidade e daquele local como referência nacional e internacional, e concluo que na situação a que se assiste, mesmo sabendo de que se trata de propriedade privada, se torna óbvio o oportunismo e a tentativa de lucro fácil por parte de quem, em desespero de causa, mais nada consegue ou sabe fazer. Só que este tipo de pessoas não se apercebe que será o fim do parapente em Linhares...
E assim se perderá todo o investimento financeiro e humano de mais de uma década (apoiado por dinheiros públicos nacionais e europeus).
É nestas situações que as entidades públicas podem e devem fazer a diferença, tomando atitudes que permitam continuar estratégias de desenvolvimento sustentáveis. Não quer isto dizer pactuar com chantagens ou oportunismos mas sim encontrar soluções alternativas que os impeçam. Haveria que encontrar uma alternativa viável áquele terreno de aterragem, e rápido. É triste ver o INATEL por um lado e os parapentistas por outro, a voltar as costas a Linhares da Beira e perceber que a aldeia e seus habitantes serão quem vai perder mais no meio disto tudo. Será que nem a Câmara Municipal, nem ninguém com responsabilidades, vêem isto ou fazem alguma coisa? Enfim…uma impressionante falta de visão, uma atitude amorfa de quem parece querer compactuar com a situação. Será este o fim de um dos projectos de desenvolvimento local de referência, como era o da aldeia histórica de Linhares da Beira? Espero que não.
Pedro Brilhante Pedrosa
Recentemente foi ganha uma dura batalha contra interesses privados de instalação de um parque eólico, precisamente por se defender um modelo de desenvolvimento para o local (e região envolvente) que passa pelo aproveitamento das (excelentes) condições geomorfológicas e de aerologia para a prática daquela modalidade, que atrai inumeros visitantes ao longo do ano. Um dos poucos locais que possui recursos endógenos para a sua dinamização económica, social e turística.
Ao ler um texto do Vitor Baía, pioneiro da modalidade no local e durante muitos anos responsável pela Escola de Parapente do INATEL em Linhares (que deixou recentemente), publicado no Forum dos Parapentistas Portugueses (só este fórum tem 380 praticantes), relembro o tortuoso percurso de afirmação daquela modalidade e daquele local como referência nacional e internacional, e concluo que na situação a que se assiste, mesmo sabendo de que se trata de propriedade privada, se torna óbvio o oportunismo e a tentativa de lucro fácil por parte de quem, em desespero de causa, mais nada consegue ou sabe fazer. Só que este tipo de pessoas não se apercebe que será o fim do parapente em Linhares...
E assim se perderá todo o investimento financeiro e humano de mais de uma década (apoiado por dinheiros públicos nacionais e europeus).
É nestas situações que as entidades públicas podem e devem fazer a diferença, tomando atitudes que permitam continuar estratégias de desenvolvimento sustentáveis. Não quer isto dizer pactuar com chantagens ou oportunismos mas sim encontrar soluções alternativas que os impeçam. Haveria que encontrar uma alternativa viável áquele terreno de aterragem, e rápido. É triste ver o INATEL por um lado e os parapentistas por outro, a voltar as costas a Linhares da Beira e perceber que a aldeia e seus habitantes serão quem vai perder mais no meio disto tudo. Será que nem a Câmara Municipal, nem ninguém com responsabilidades, vêem isto ou fazem alguma coisa? Enfim…uma impressionante falta de visão, uma atitude amorfa de quem parece querer compactuar com a situação. Será este o fim de um dos projectos de desenvolvimento local de referência, como era o da aldeia histórica de Linhares da Beira? Espero que não.
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