Há muito tempo que existia a convicção de que, em Portugal, o orçamento de estado para 2005 era, de facto, uma fraude. Há muito tempo que algumas pessoas vinham avisando para o embuste da orientação política de Santana Lopes, Paulo Portas e Bagão Félix.
Apuradas as contas, com verdade e competência, pela Comissão Constâncio, ainda sem considerar as autarquias e as regiões autónomas, o deficit apurado, para 2005, atinge 6,83 %. O mais alto de todos os países da UE e mais do dobro daquele que foi apresentado pelo ex-ministro das finanças Bagão Félix.
Talvez agora alguns altos responsáveis políticos, assim como influentes fazedores de opinião, disponham de dados suficientes para avaliar da seriedade e competência políticas de Bagão Félix. E possam compreender o verdadeira alcance de alguns episódios do seu magistério político nos governos que integrou. Ou ainda não é suficiente?
Vejam só esta pequena amostra que o DN hoje apresenta.
“No orçamento apresentado por Bagão Félix faltava dinheiro para pagar salários dos funcionários públicos, pensões dos reformados, subsídios de desemprego, facturas com a saúde...
(…)
Nas pensões, as verbas destinadas aos aumentos anunciados pelo Governo de Santana Lopes não estavam orçamentadas, "em virtude de não ter sido considerada a actualização das pensões", explica o relatório Constâncio.
Veja-se o que se passa nas contas da Segurança Social, onde as receitas e as despesas são irreais. Para pagar reformas e subsídios de desemprego, faltam 598,8 milhões de euros. Ou seja, grosso modo, falta metade da verba anual para pagar aos desempregados.
As receitas da Segurança Social foram de tal maneira empoladas que existe um excedente de 189 milhões de euros, no OE para 2005 e assinado por Bagão Félix. Pois bem, agora a Comissão Constâncio corrigiu, apurando um défice de 598 milhões de euros. Na frente dos cuidados sociais, não é tudo.
Na Caixa Geral de Aposentações (CGA), a segurança social dos funcionários públicos, faltam 228,3 milhões de euros.
(…)
Na Saúde, a hemorragia orçamental é difícil de estancar o défice atinge uma profundidade de 1,772 mil milhões de euros, o suficiente para ordenar a construção de uma outra ponte sobre o Tejo. Bagão Félix tinha previsto um défice de 259,7 milhões de euros, mas agora a Comissão Constâncio refez as contas e apurou que afinal o Governo necessita de mais 1,51 mil milhões de euros.”
10 comentários:
A desonestidade intelectual é uma das características dos Portugueses. Este Post sobre o deficit das contas do Estado são mais uma achega ao lamentável fenómeno.
Querer atribuir a Bagão Félix as culpas do Cartório, esquecendo que o déficit é um "monstro" que nasceu com Cavaco Silva durante o seu primeiro consulado e dái para cá não parou de engordar é desonesto, imoral mesmo.
Felizmente há sempre alguém que vê além dos fazedores de opinião. E nem que seja só um haverá sempre alguém para contar a verdade.
A desonestidade intelectual é uma das características dos Portugueses. Este Post sobre o deficit das contas do Estado é mais uma achega ao lamentável fenómeno.
Querer atribuir a Bagão Félix as culpas do Cartório, esquecendo que o deficit é um "monstro" que nasceu com Cavaco Silva durante o seu primeiro consulado que daí para cá não parou de engordar é desonesto, imoral mesmo.
Felizmente há sempre alguém que vê além dos fazedores de opinião. E nem que seja só um haverá sempre alguém para contar a verdade
A desonestidade intelectual é uma das características dos Portugueses. Este Post sobre o deficit das contas do Estado é mais uma achega ao lamentável fenómeno.
Querer atribuir a Bagão Félix as culpas do Cartório, esquecendo que o deficit é um "monstro" que nasceu com Cavaco Silva durante o seu primeiro consulado que daí para cá não parou de engordar é desonesto, imoral mesmo.
Felizmente há sempre alguém que vê além dos fazedores de opinião. E nem que seja só um haverá sempre alguém para contar a verdade
Puxa 3 vezes o mesmo é demais. Mas a capacidade de dissimulação do Dr. Bagão Félix é um fenómeno único na nossa política à portuguesa. O ex-Ministro da Saúde do mesmo governo do Dr. Bagão Félix deu, hoje, preto no branco, a resposta às certezas explanadas neste comentário. Não foi um qualquer comentador ou fazedor de opinião. A responsabilidade do orçamento para 2005 é do governo de Santana Lopes e, directamente, da responsabilidade do Dr. Bagão Félix. O relatório do Dr. Constâncio é cruel para as suas habilidades e mentiras mas é o que é: a verdade. É duro para ele mas muito mais duro e cruel para os portugueses. Ao menos o Dr. Bagão Félix podia ser deputado, ter-se apresentado nas listas do PP, dar a cara, na AR, pela defesa das suas opções. Mas prefere ser tudo e nada,ao mesmo tempo,e ostentar, na TV, o sorriso piedoso dos que colocam nas mãos do tempo e dos outros a responsabilidade pelos erros que devia ser ele a assumir. A isso chama-se cobardia.
O aumento de Impostos prova que a razão a alguém assiste. Convém recordar que o défice de 6,83% será o resultado no final de 2005 "SE" fosse executado pelo Partido Socialista, coisa que o Dr. Constâncio não diz. Aliás, o agora pretenso candidato da Esquerda à Presidência da República, embora Governador do Banco de Portugal, embora economista de renome, embora ex-Monistro das Finanças, "esqueceu-se" de dizer ou "anunciar" outras verdades.
Quero com isto dizer que, na linha do Dr Sampaio, o Dr. Constâncio, num exercício de hipocrisia que afasta os Portugueses e ajuda a justificar os elevados índices de abstenção, omitiu algumas realidades:
1. O défice real é superior a 6.83%
2. Este valor não incluias dívidas das Empresas Públicas e dos Institutos Públicos.
3. Não inclui ainda a dívida das autarquias.
Querer atribuir a responsabilidade do défice ao Dr. Bagão Félix e ao Governo de Santana Lopes é, além de desonesto, um esforço de barnquamento da incompetência governativa desde, pelo menos, a assinatura do Tratado de adesão à União Europeia.
Infelizmente a brilhante entrevista concedida pelo Dr, Medina Carreira passou na SIC Notícias a desoras.
Pena que a Dra Judite de Sousa não tenha a categoria para fazer entrevistas destas num canal público.
Termino dizendo que se as promessas são para quebrar, nomeadamente a das subidas de Impostos, não seria preferível quebrar a das SCUT's. É que a diferença de 2% do IVA servirá para as pagar.
PS: Não fiz 3 comentários. E o proprietário do Blog poderá sempre apagar os comentários redundantes sem correr o risco de ser acusado de censor.
Na verdade tenho que concordar que alguns portugueses sofrem de desonestidade intelectual, admitindo que o ex-ministro Bagão Félix também é outra vítima que, parece, foi contagiado pela sindroma do defunto governo Santana/Portas. Esta doença já se tornou uma epidemia e sugiro aos investigadores que preparem uma vacina com toda a urgência, porque de contrário corre-se o risco de uma propagação rápida da bactéria, sobretudo atingindo aqueles que não gostam de assinar o que escrevem. Mas vamos ao que interessa. Então se o Dr. Vitor Constâncio já sabia da gravidade do défice e o Dr. Bagão Félix ao "preencher o boletim do Totobola", não leu as instruções, conclui-se que não acertou por falta de competência. Será que estas manobras de diversão serão para convencer os portugueses que o Engº Sócrates é o culpado desta situação? Haja honestidade! E por falar em honestidade convido os "anónimos" a fazerem uma visita ao INATEL e verificarem as nomeações vergonhosas, de dirigentes detentores de reformas da Banca e a auferirem duplamente um ordenado, pago pelo erário público, nomeações essas homologadas pelo então ministro do trabalho, Bagão Félix. Que exemplo de moralidade!
Quanto às declarações de Medina Carreira, lamento a facilidade com que ele se refere ao despedimento de funcionários públicos (trata-se de pessoas), pelo que se conclui que o dinheiro a ele nunca lhe custou a ganhar. Passados 31 anos do 25 de Abril, às vezes tenho a tentação de admitir que Otelo Saraiva de Carvalho tinha razão, quando se referia ao Campo Pequeno... Talvez hoje não padecessemos de tanta enfermidade!
O último comentário revela outra faceta tenebrosa nos Portugueses: a parcialidade.
Repito: querer atibuir a um Governo que esteve em funções 6 meses a responsabilidade do buraco das Contas do Estado é uma prova de desonestidade intelectual. Ou de ignorância.
Até o sentido de humor tipo BE ( a alusão ao Totoloto ) é desgostoso. Ouvi em directo na TSF essa saída infeliz de José Sócrates. E lembrei-me do dia em que o Eng. Guterres abandonou o Governo dizendo que o País estava um pântano.
Quanto ao anonimato, vejo-me na contingência de novamente repetir o mesmo argumento: a opinião que exprimo não vale mais ou menos por ser dita ou escrita por mim. Ela terá de valer pelo conteúdo. Dizer que me chamo Coutinho e que sou de S. Pedro do Sul de pouco irá servir. Sou um cidadão anónimo, entre milhões de cidadãos anónimos, sem acesso aos Media.
Não sou licenciado ou doutorado. Sou eu. E exprimo as minhas opiniões livremente na Blogosfera. Hoje neste Blog, amanhã noutro qualquer.
As minhas ideias valem per si.
Isso é exercer a Democracia. O voto tem assinatura? E não é ele a expressão duma vontade?
Terminarei dizendo que abomino o clima genaralizado de fazedores de opiniões que pululam pela Imprensa. Esses sim a maior parte das vezes a fazer fretes a partidos e a políticos. Exemplificaria com a tensão do Sr. António José Teixeira, na qualidade de comentador da SIC, a tentar justificar o injustificável. Quase parecia que ele era membro do Governo e autor do Programa de Estabilidade e Crescimento que o Governo brevemente irá apresentar.
Livremente alerto para esta nova Ditadura que manipula a Verdade.
Faço-o porque amo o meu País.
Faço-o porque sou de Direita e prezo a liberdade conquistada em Abril de 1974.
Não tem importância nenhuma discutir os assuntos livremente. O que teria importância era não os discutir. Ser de direita não é doença, assim como ser de esquerda ou ser de "coisa nenhuma". O que interessa são as ideias e as atitudes que se assumem em cada momento face às situações concretas para já não falar dos princípios. Vi hoje que o Dr. Santana Lopes quer que o Dr. Constâncio apure o deficit de 2004.É a lógica da "pesada herança" de Durão Barroso e que o actual governo não quis seguir. É que a reabertura das contas de 2004 traria, certamente, ainda mais pesadas consequências no relacionamento com a UE. Ainda para mais sendo o Presidente da Comissão quem é. Está tudo dito acerca do carácter e sentido de estado dos governantes da direita. São capazes de vender a Pátria ao desbarato para salvar a pele e ganhar a vida. Claro que o Dr. Bagão Félix não tem nada a ver com isso...
Ed bradar aos céus!!!...
"...É a lógica da "pesada herança" de Durão Barroso e que o actual governo não quis seguir..."
Depois do resultado do referendo em França começa a falar-se na Europa como um "pântano". Onde é que eu já ouvi falar nisto? E logo com o José Manuel ao leme! Como me dizem algumas pessoas, desde o princípio, o nosso José Manuel ainda vai "zarpar", outra vez, antes do fim do mandato, desta ve para EUA! Para já a UE fica "encravada" para garantir - pela certa - toda a margem de manobra aos EUA. O nosso deficit à vista destas operações de alta estratégia global é uma brincadeira de crianças!
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