Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
terça-feira, junho 28
À MEIA-NOITE, PELO TELEFONE
Foto de Fabiola Narváez
À meia-noite, pelo telefone,
conta-me que é fulva a mata do seu púbis.
Outras notícias
do corpo não quer dar, nem de seus gostos.
Fecha-se em copas:
“Se você não vem depressa até aqui
nem eu posso correr à sua casa,
que seria de mim até ao amanhecer?”
Concordo, calo-me.
Carlos Drummond de Andrade
In “O Amor Natural”
Record
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1 comentário:
Como se a fotografia e o poema nascessem um para o outro! Um abraço
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