Fotografia de António Pais
(Clique na fotografia para ampliar)
Identifico, em baixo, à direita, o Francisco Farrica (de óculos), logo seguido do Marcolino Abrantes. Ajudem-me a identificar os restantes para não errar os nomes.
A propósito desta fotografia, que retrata um grupo de Moscavide, transcrevo um post de Março de 2004 que intitulei “Independentes e rebeldes”.
Este é um pequeno contributo para que todos os que se admiram pela minha persistência em publicar estas imagens, mais ou menos arqueológicas, entendam o sentido do percurso de uma geração que está longe de se esgotar no MES. Neste caso versando acerca da demarcação do Partido Comunista.
A nossa visão do papel da luta operária e do movimento sindical era muito diferente da perspectiva do PCP. Defendíamos a “auto organização” dos trabalhadores e a emancipação do movimento sindical, fora do controle político partidário do PCP ou de qualquer outra formação partidária.
A raíz da nossa concepção da organização operária e sindical bebia na tradição anarco-sindicalista e nos ideais auto-gestionários.
A natureza das nossas concepções da vida, da luta de emancipação dos trabalhadores e da organização do Estado, tornaria muito difícil qualquer tentação de aliança estratégica com o PCP e, por maioria de razão, tornava-nos imunes a ser absorvidos pela sua reconhecida vocação hegemónica.
No MES confluíram quadros intelectuais e operários cujos destinos pessoais não eram compatíveis com a submissão a qualquer autoridade. Éramos (e somos!) ferozmente independentes e rebeldes.
Por isso não admira que o MES tenha sido o único Partido, criado na aurora do 25 de Abril, que se extinguiu, por vontade da maioria dos seus militantes, com uma festa.
Nem sequer admira que sejam raros os ex-activistas do MES que tenham, algum dia, aderido ao PCP, ou às teses neo-conservadoras, ao contrário do que aconteceu com muitos ex-activistas dos movimentos políticos marxistas-leninistas que se reivindicavam do maoismo.
Anti-autoritários e de esquerda toda a vida...
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Identifico, em baixo, à direita, o Francisco Farrica (de óculos), logo seguido do Marcolino Abrantes. Ajudem-me a identificar os restantes para não errar os nomes.
A propósito desta fotografia, que retrata um grupo de Moscavide, transcrevo um post de Março de 2004 que intitulei “Independentes e rebeldes”.
Este é um pequeno contributo para que todos os que se admiram pela minha persistência em publicar estas imagens, mais ou menos arqueológicas, entendam o sentido do percurso de uma geração que está longe de se esgotar no MES. Neste caso versando acerca da demarcação do Partido Comunista.
A nossa visão do papel da luta operária e do movimento sindical era muito diferente da perspectiva do PCP. Defendíamos a “auto organização” dos trabalhadores e a emancipação do movimento sindical, fora do controle político partidário do PCP ou de qualquer outra formação partidária.
A raíz da nossa concepção da organização operária e sindical bebia na tradição anarco-sindicalista e nos ideais auto-gestionários.
A natureza das nossas concepções da vida, da luta de emancipação dos trabalhadores e da organização do Estado, tornaria muito difícil qualquer tentação de aliança estratégica com o PCP e, por maioria de razão, tornava-nos imunes a ser absorvidos pela sua reconhecida vocação hegemónica.
No MES confluíram quadros intelectuais e operários cujos destinos pessoais não eram compatíveis com a submissão a qualquer autoridade. Éramos (e somos!) ferozmente independentes e rebeldes.
Por isso não admira que o MES tenha sido o único Partido, criado na aurora do 25 de Abril, que se extinguiu, por vontade da maioria dos seus militantes, com uma festa.
Nem sequer admira que sejam raros os ex-activistas do MES que tenham, algum dia, aderido ao PCP, ou às teses neo-conservadoras, ao contrário do que aconteceu com muitos ex-activistas dos movimentos políticos marxistas-leninistas que se reivindicavam do maoismo.
Anti-autoritários e de esquerda toda a vida...
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