

A terra algarvia vista do terraço erguido no alto do monte estende-se até ao mar.
O verde das árvores e o azul do mar resplandecem entrecortados por vozes longínquas que soam abafadas.
O manto branco das amendoeiras em flor perfuma o ar na época da floração.
O caminho estreito até à estrada de curto se faz longo ladeado pelas silvas e pelas pernadas das velhas alfarrobeiras.
A música rara da água ecoa ziguezagueando nas levadas da horta.
O sol greta as romãs e amadurece o trigo. Amanhã vai chover!
Esperanças de abundância na luta pela sobrevivência. Esperanças sustentadas pelo pão escuro amassado por gerações esquecidas.
Como aprendi a compreender a revolta e a admirar a luta do homem contra a adversidade e a escassez!
(Aos meus amigos de infância Carlos Diogo (USA) e João Brito de Sousa (PORTO) reencontrados no espaço virtual após décadas de separação.)
1 comentário:
Caríssimo,
Gostei de reencontrá-lo, por aqui... Vou adicionar uma ligação nos blogues "algarvios", se bem que V. Ex.ª continue pela capital...
Enviar um comentário