Francis Obikwelu
Fiz tudo para assistir à final de 200 metros do europeu de atletismo. Apesar do jantar, a convite de amigos, num cenário de sonho, ali para os lados do Penedo – Sintra – a sorte protegeu-me pois o anfitrião compartilhava as mesmas expectativas.
Queria assistir aquela final pois nela se reuniam um conjunto de circunstâncias muito interessantes: o atleta/campeão é originário da Nigéria, foi campeão júnior nuns campeonatos mundiais realizados, em 1994, em Portugal; sonhava com a Europa e deixou-se ficar por cá; apesar do seu elevado potencial atlético foi desprezado por todos os clubes aos quais se ofereceu; caiu na miséria, passou fome, trabalhou na construção civil e foi acarinhado, no Algarve, por uma professora inglesa.
Finalmente um treinador de atletismo do Belenenses, a pedido dessa professora, aceitou recebê-lo, assim como uma família que lhe dedicou especial afecto. Depois de passar pelo Sporting, e de um conjunto de feitos atléticos assinaláveis, foi-lhe atribuída a nacionalidade portuguesa.
Hoje, sendo natural da Nigéria, é naturalizado português, vive em Espanha, é treinado por uma espanhola e dá voltas de honra com a bandeira portuguesa. Não sei se repararam que a televisão sueca deu mais destaque ao sueco que alcançou o 2º lugar do que ao verdadeiro campeão.
Em qualquer caso este campeão – Francis Obikwelu – é o mais valioso trunfo português – e europeu – na luta contra o racismo e a xenofobia. Aproveite quem está em condições de aproveitar este trunfo … a começar pelo estado português! Como? É fácil desde que haja vontade política.
Fiz tudo para assistir à final de 200 metros do europeu de atletismo. Apesar do jantar, a convite de amigos, num cenário de sonho, ali para os lados do Penedo – Sintra – a sorte protegeu-me pois o anfitrião compartilhava as mesmas expectativas.
Queria assistir aquela final pois nela se reuniam um conjunto de circunstâncias muito interessantes: o atleta/campeão é originário da Nigéria, foi campeão júnior nuns campeonatos mundiais realizados, em 1994, em Portugal; sonhava com a Europa e deixou-se ficar por cá; apesar do seu elevado potencial atlético foi desprezado por todos os clubes aos quais se ofereceu; caiu na miséria, passou fome, trabalhou na construção civil e foi acarinhado, no Algarve, por uma professora inglesa.
Finalmente um treinador de atletismo do Belenenses, a pedido dessa professora, aceitou recebê-lo, assim como uma família que lhe dedicou especial afecto. Depois de passar pelo Sporting, e de um conjunto de feitos atléticos assinaláveis, foi-lhe atribuída a nacionalidade portuguesa.
Hoje, sendo natural da Nigéria, é naturalizado português, vive em Espanha, é treinado por uma espanhola e dá voltas de honra com a bandeira portuguesa. Não sei se repararam que a televisão sueca deu mais destaque ao sueco que alcançou o 2º lugar do que ao verdadeiro campeão.
Em qualquer caso este campeão – Francis Obikwelu – é o mais valioso trunfo português – e europeu – na luta contra o racismo e a xenofobia. Aproveite quem está em condições de aproveitar este trunfo … a começar pelo estado português! Como? É fácil desde que haja vontade política.
3 comentários:
Porto, 2006.08.11
Viva o Francis Obikwelu. Fiquei feliz pela vitória do Francis. Pela sua simpatia, fibra, competência e comhecimento profundo das características da distância, pelo sofrimento que exige a preparação duma prova destas, o Francis merece o meu aplauso. O amor também é sofrimento e vale sempre a pena. Ganhar os cem e os duzentos planos no mesmo campeonato não está ao alcance de qualquer. E a bandeira deste pequeno País à beira mar plantado deu a volta ao recinto.
Obrigado Francis pelo teu êxito.
JBS
CORRECÇÃO.
onde se lê comhecimento deve ler-se conhecimento.
JBS
Vontade política neste país? estou céptica, Eduardo.
Vi as duas finais de Obikwelu e vi os seus lábios moverem-se quando tocava a Portuguesa... que as vontades políticas interpretem as proezas deste campeão a quem agradeço.
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