quinta-feira, novembro 9

A BANCA

Posted by Picasa Imagem Daqui

Se as medidas anunciadas pelo governo a respeito da banca são pura cosmética como se justifica a reacção violenta da banca e, em particular, de João Salgueiro?

E já todos se esqueceram desta tomada de posição recente do mesmo João Salgueiro? E da questão dos arredondamentos? E da chamada “Operação Furacão”? E julgam que as autoridades judiciais espanholas estão a brincar às escondidas com o BES?

Quando João Salgueiro acusa Sócrates de “peronismo”, por "atacar" a banca nas vésperas do Congresso do PS, não estará, por sua vez, a criar uma cortina de fumo para desviar as atenções da opinião pública para um conjunto de graves acusações que recaem sobre a banca?

Não esqueçamos que João Salgueiro representa os interesses da banca mas nem por isso deixa de ser um político!

1 comentário:

Anónimo disse...

OS BANCOS...

São instituições sem vergonha, que estão ao serviço daqueles que ganham muito dinheiro, explorando os seus próprios funcionários e a maioria dos seus clientes, a quem tratam abaixo de cão, pois ameaçam-nos das mais variadas formas, não evidenciando qualquer educação ou ética.

São instituições sádicas e ávidos de dinheiro, para eles só conta o dinheiro, naquele aspecto de tipo de pessoas que existiam em Portugal à 100 anos, que dormiam em cima dos colchões cheios de notas. O curioso é que dos banqueiros portugueses, poucos são aqueles que têm aptência para gerir, mas todos têm aptência para explorar. E depois aparecem na TV a exibir os lucros fabulosos do trimestre. Lucros que foram obtidos à custa de favorecimentos desajustados que só pessoas de má índole aceitam.

Como vem na imprensa de hoje:-“A taxa de IRC cobrada aos bancos está fixada em 25 por cento, tal como acontece para a maior parte das empresas. No entanto, a taxa de imposto realmente paga sobre os lucros é mais baixa, rondando os cerca de 15 por cento. De acordo com Teixeira dos Santos, esta taxa é baixa.”.

Fui sócio gerente duma empresa de serviços que facturava 5 000 euros por mês e estava obrigada a pagar IRC à taxa de 32% e ainda aos pagamentos por Conta, que continuei apagar mesmo em anos de total inactividade.

É assim, quem dispõe de liquidez paga a taxa de 15%; quem tem dificuldades paga 32%.

A situação é esta. A Banca enriquece as famílias estão cada vez mais endividadas
O relatório anual do Banco de Portugal, publicado no mês de Julho, para além de pôr a nu a brutal contradição entre a «saúde» financeira da banca que registou um crescimento dos lucros em 2005 superior a 70% e a «doença» da generalidade das outras áreas económicas, confirmou que o endividamento das famílias portuguesas se situava nos 117% do rendimento disponível, representando 84,2% do PIB nacional e que o endividamento das empresas não financeiras se situava nos 94,1% do PIB.

Os lucros agora anunciados representam um crescimento de 30,2% relativamente ao primeiro semestre de 2005, situando-se nos 1349 milhões de euros. Para estes lucros contribuiu decisivamente o facto dos sucessivos governos, nomeadamente o actual, favorecerem de facto a banca e as actividades especulativas e parasitárias, secundarizando as actividades produtivas.

Contudo uma análise mais fina destes resultados, permite-nos concluir que os lucros são sobretudo conseguidos a partir do aumento significativo das Comissões Bancárias cujo valor recebido cresceu quase seis vezes nos últimos 11 anos.
Se em 1994 representavam 10% do Produto Bancário, em 2005 elas representaram 23%, passando de 448 milhões de euros em 94, para 2670 milhões de euros em 2005.
Se a subida do valor das Comissões Bancárias já penaliza fortemente as famílias, sobretudo as que menos têm, é inaceitável que o Governo e o Banco de Portugal não intervenham no sentido de acabar com o escândalo que constituem os arredondamentos para cima das taxas de juro do crédito à habitação.

A Banca é um sector onde impera a injustiça.

João Brito Sousa