Um estudo, hoje, divulgado pelo governo espanhol, de autoria de Miguel Sebastian, conselheiro económico do primeiro-ministro, evidencia a importância da imigração na economia espanhola: praticamente metade do crescimento da economia espanhola, nos últimos 5 anos, deve-se ao trabalho dos imigrantes. A importância dos imigrantes no desenvolvimento de Espanha ocorre num contexto em que a economia espanhola cresce, de forma sustentada, há mais de uma década.
Mas é preciso que se tenha na devida atenção que o “trabalho de casa”, as chamadas reformas estruturais, incluindo a “consolidação orçamental”, que se está a levar a sério em Portugal, com o actual governo, foi desencadeado em Espanha a partir de 1985 aquando da adesão à União Europeia que ocorreu, aliás, em simultâneo com a adesão de Portugal.
Eu sei que os processos de transição da ditadura para a democracia foram diferentes em Espanha e Portugal. Mas nunca é tarde para aprender com a experiência dos outros e, em particular, numa matéria tão sensível como a imigração é bastante conveniente que o governo, e todos nós, estejamos atentos tanto aos seus problemas quanto às suas potencialidades.
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1 comentário:
De fato, Ed, vejo que há um problema sério de imigração por aí e na Espanha. Tenho 2 amigos que foram esse ano para Portugal, e tiveram que voltar, por falta de oportunidades, baixo salário, e discriminação exacerbada. Esse estudo sobre a Espanha é, dentro disso, muito curioso...
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