Laetitia Casta
Abro o computador, dou uma volta pelas notícias, reparo que todos os destaques se concentram nos sucessos do fisco. O governo, nesta matéria, faz-me lembrar o Solnado numa peça em que, com o seu talento inato, enchia o palco mesmo sabendo mal o papel.
Os resultados são meritórios mas fica-se com a sensação de que a peça é velha, repetida e, um dia destes, o ministro das finanças vai mesmo baralhar os números. Duas notas telegráficas:
- As receitas fiscais não são uma alavanca do crescimento da economia e tal como nos recursos marinhos o peixe miúdo pode ficar ameaçado de extinção pelo exagero da chamada “pesca de arrasto”;
- As vias virtuosas para estimular a economia estão todas do lado da despesa, ou seja, o estado tem de gastar menos e melhor, exercendo com mais eficácia as suas funções reguladoras e de estímulo ao investimento inovador.
Pode ser engano meu mas parece-me que o primeiro prato desta balança está muito cheio e o segundo demasiado vazio.
Abro o computador, dou uma volta pelas notícias, reparo que todos os destaques se concentram nos sucessos do fisco. O governo, nesta matéria, faz-me lembrar o Solnado numa peça em que, com o seu talento inato, enchia o palco mesmo sabendo mal o papel.
Os resultados são meritórios mas fica-se com a sensação de que a peça é velha, repetida e, um dia destes, o ministro das finanças vai mesmo baralhar os números. Duas notas telegráficas:
- As receitas fiscais não são uma alavanca do crescimento da economia e tal como nos recursos marinhos o peixe miúdo pode ficar ameaçado de extinção pelo exagero da chamada “pesca de arrasto”;
- As vias virtuosas para estimular a economia estão todas do lado da despesa, ou seja, o estado tem de gastar menos e melhor, exercendo com mais eficácia as suas funções reguladoras e de estímulo ao investimento inovador.
Pode ser engano meu mas parece-me que o primeiro prato desta balança está muito cheio e o segundo demasiado vazio.
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