Deixar uma marca no nosso tempo como se tudo se tivesse passado, sem nada de permeio, a não ser os outros e o que se fez e se não fez no encontro com eles,
Editado por Eduardo Graça
segunda-feira, fevereiro 28
"Aprendizes"
“Passamos duas vezes pela beira-rio, ao sair da cidade e no regresso já com o crepúsculo carregado de estrelas. Jornais. A guerra química. A desfolhagem instantânea das florestas no Vietnam ou, pior ainda, a incubação da doença, que o vento, as folhas caídas, a própria seiva, transmitem de árvore em árvore contaminando o chão, assassinando-o. Nenhuma raíz viverá ali nos próximos cinquenta anos, pelo menos. Afinal estes tipos com as suas serras mecânicas não passam de aprendizes.”
“O Aprendiz de Feiticeiro” – Carlos de Oliveira
Fragmentos (Gás) – pág. 17, 18 e 19 (5 de 6)
Fotografia de Helder Gonçalves
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