Fotografia de Angèle
Passar o tempo ver passar o passado no presente
Sonhar com as longínquas memórias nas doridas
Noites anoitecidas a ver passar o tempo sedento
De nos devorar o corpo ainda quente dos afagos
Esquecidos de mãos que vagamente escorregam
Pelo esquecimento como todas as mãos milhões
De sinais passaram e deles já todos esqueceram
Os ensinamentos, o toque, a música, o desespero
Passar o tempo deixar em herança esquecimento
Sabendo que mais nada restará senão só o tempo
18 de Junho de 2006
Passar o tempo ver passar o passado no presente
Sonhar com as longínquas memórias nas doridas
Noites anoitecidas a ver passar o tempo sedento
De nos devorar o corpo ainda quente dos afagos
Esquecidos de mãos que vagamente escorregam
Pelo esquecimento como todas as mãos milhões
De sinais passaram e deles já todos esqueceram
Os ensinamentos, o toque, a música, o desespero
Passar o tempo deixar em herança esquecimento
Sabendo que mais nada restará senão só o tempo
18 de Junho de 2006
2 comentários:
2006.06.22
Viva.
Acho que a beleza da fotografia e do poema são inatacáveis. Comparável a isto só esta excepcional frase de F.Pessoa,
"O presente é o futuro do passado..."
ou este poema de José Luís Peixoto,
"entre as manhãs que sofremos, entre as esperas de tudo o que não nos quis
havia uma esperança pequena
não sabíamos que a chuva é um olhar desesperado,
não sabíamos que o frio entre as manhãs que sofremos, uma lágrima
e uma lágrima é morrer tão completamente.
Há beleza nisto tudo. Eu vejo.
João Sousa
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