domingo, agosto 20

Carlos Drummond de Andrade


Hipótese

E se Deus é canhoto
e criou com a mão esquerda?
Isso explica, talvez, as coisas deste mundo.

[In Terra Temperamental – uma referência minha.]

8 comentários:

hfm disse...

Tão Drummond - o olhar que sabe entender.

José Manuel Dias disse...

Cada leitura é um hino à vida...
Abraço de pOrtugal.

Anónimo disse...

Deus e as coisas deste mundo... tenho dúvidas n aligação entre ambos.

Tinta Azul disse...

"Es inutil, no me hacen ni caso". (Dios).
Eduardo Mazo

Tinta Azul disse...

Gosto muito da "História de Dois Amores" de Carlos Drummond de Andrade, com iustrações de Ziraldo. Uma pulga e um elefante...É tão bonito!

Carminda Pinho disse...

Obrigado Ed, nunca li nada de Drummond de Andrade (como tenho andado ditraída!) mas vou ler, prometo.

Anónimo disse...

PORTO, 2006.08.21
Viva.
Este espaço do EG é simpático mesmo. Descubro aqui coisas interessantes, que eu não sabia e leva-me a pesquisar ficando a saber sempre mais qualquer coisa. Mas o espaço tem um contra:- as pessoas que nele escrevem são parcas em palavras e parecem que quase todas querem agradar ao EG. Eu penso que ele acharia mais interessante se houvesse aqui um pouco de debate Não naquele estilo de dizer não, perdendo-se um pouco o verniz como já tenho visto. Se não concordamos dizemos não concordo. É tudo. Por exemplo, eu não percebo o CDA, nestes termos:
A hipótese CDA

“Hipótese
E se Deus é canhoto e criou com a mão esquerda?Isso explica, talvez, as coisas deste mundo.”

pretenderá explicar as coisas deste mundo por Deus, interrogativamente, ser canhoto e criar com a esquerda. CDA não indica que coisas são essas e convém dizer que a palavra “coisas” é indefinida Mas o que é isso coisas? Há aí um camarada que já disse quase a mesma coisa: Coisas deste mundo e Deus?... diz ele que não liga. Sera?
A Carminda Pinho, respeitosamente, diz ... nunca li nada.

Eu que também não conhecia nada em dois minutos constatei que Barros Alves, não concorda com Drumond e diz:- “A poesia drummondiana não passa para mim de uma banda cabaçal desafinada (com perdão dos impagáveis irmãos Anicetos), pobre de ritmo, de sonoridade, de harmonia; frágil na retórica poética e rica de dicção discursiva. Desenxabida. Às vezes um verdadeiro "monumento de estupidez", como se constata facilmente na tessitura exaustivamente repetitiva do poema "No meio do caminho", cuja fama cresceu na proporção de sua ruindade enquanto poesia, se é que aquilo pode sequer ser considerado poesia. Com efeito, a retórica poética em Drummond configura um cansativo caminhar por desvãos que definitivamente não expressam o "sentimento do mundo" da Poesia sem adjetivações. Por estas e outras o poeta mineiro não me encanta, ainda que se diga à saciedade e quase unanimemente que a lírica (?) de Drummond "é freqüentemente considerada o ponto alto da poesia brasileira.

Será que os bloguistas, hfm, Tinta Azul, José Manuel Dias sabiam deste ponto de vista do Barros Alves? Perdoem-me a ousadia de citar os vossos nomes Obrigado. BS

Anónimo disse...

BS, será que este senhor Barros Alves, de que nunca ouvi falar até poucos segundo atrás, ao contrário de CDA algum dia fez poesia? Quero dizer, poesia mesmo, não aqueles versos empolados, amarrados nos ritmos mesmíssimos de sempre, que andei encontrando pelas páginas da internet. E se fez, será que alguém gostou dela? Se reconheceu nela? De qualquer forma, qualquer um que se pretenda poeta não pode simplesmente desmerecer a obra de um colega assim. Acho mesmo que este aí usa a crítica a CDA como forma de se promover, aquela velha estratégia dos críticos, que falam mal de qualquer coisa apenas para parecerem algo contestadores, portadores de novidades. Tão banal tal estratégia que até a publicidade profissional já abriu mão dela. Como você não deixou seu nome aqui, resolvi também assinar-me como anônima. Eu, que não sou poeta, só leitor, posso bem desmerecer a obra de quem não me agrada, de quem fala do que não me interessa, afinal...