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“…. o líder socialista deixou claro que o partido vai "envolver-se" no debate, com uma posição oficial favorável à despenalização do aborto até às dez semanas de gravidez, mas ressalvou: "Aqui toda a gente tem liberdade para discordar. Todos devem debater. E os que defendem o 'não' no PS também têm liberdade de participar."
Esta posição do PS, assumida por Sócrates, parece fácil e natural. Mas lembremo-nos que, no referendo anterior, o “não” venceu. O líder do PS era António Guterres que, sendo, em termos pessoais, favorável ao “não” colocou o PS numa posição insustentável. O "não" ganhou e o PS e a esquerda perderam.
Nesta causa o PS de hoje, acusado pela esquerda de ser de direita, é mais de esquerda do que o PS de ontem. Assim se tecem as contradições na política à portuguesa.
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