Fotografia de Angèle
Como corpos belos de mortos que não envelheceram
e estão fechados, com lágrimas, em esplêndida tumba grandiosa,
com rosas na cabeça e nos pés jasmim –
desse modo parecem os desejos que desapareceram
sem serem cumpridos; sem nenhum deles ser dignado assim
com uma noite de prazer, ou manhã dele luminosa.
C. Kavafis
Como corpos belos de mortos que não envelheceram
e estão fechados, com lágrimas, em esplêndida tumba grandiosa,
com rosas na cabeça e nos pés jasmim –
desse modo parecem os desejos que desapareceram
sem serem cumpridos; sem nenhum deles ser dignado assim
com uma noite de prazer, ou manhã dele luminosa.
C. Kavafis
Tradução de Joaquim M. Magalhães e Nikos Pratsinis
4 comentários:
admiro o seu interesse por Jorge de Sena.
coisa que já sabia.
mas coincidência entre o Jorge de Sena sobretudo no dia de hoje.
aquele engenheiro-poeta que fugitivamente tem uma relação muito subtil com o Porto.
ainda hoje é um desconhecido, ou quase, sobretudo no que diz respeito aos seus escritos.
volto muito longe, e lembro-me da palestra de J de S na rua mousinho da silveira - 1968, creio, sem vontade de procurar nos arquivos da memória.
tanto fora, tanto dentro.
Jorge de Sena é um dos maiores da nossa poesia (e não só) de todos os tempos. A sua obra é admirável e fiquei apaixonado por ela desde o primeiro momento em que, a sério, a conheci. Morreu longe e é uma vergonha nacional não ter sido possível até hoje propiciar o seu regresso a Portugal. Um estrangeirado ...
Belos desejos.
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