Não sou adepto muito fiel da celebração de efemérides. Cada um de nós as celebra à sua maneira quando não nos esquecemos delas. Não foi o caso do aniversário da morte de Albert Camus no dia 4 de Janeiro de 1960. O post anterior, Bordel, não faz menção à data mas tinha-a presente.
Poucos blogues deram pela efeméride. A Natureza do Mal foi uma honrosa excepção dando a conhecer um texto de Sartre que, nas suas entrelinhas, não esconde o afastamento entre ambos. Camus tinha-se, de forma irremediável, afastado de Sartre a partir de 1952.
Cito a descrição de um episódio chave desse afastamento, segundo Daniel Rondeau, em “Camus ou les promesses de la vie”:
“En novembre de la même année, (1946) “Ni victimes ni bourreaux” paraît à la une de Combat. La rupture avec le communisme, au moment où les informations sur les camps soviétiques se font plus précises (Sartre, alerté par Roger Stéphane, prépare un numéro des Temps modernes sur ce sujet tragique), est consommée. Camus et Sartre vont se réconcilier avant s´affronter à nouveau sur la même question en 1952, et de rompre définitivement.”
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