Fotografia de Philippe Pache
Primeiro dia. O mar eleva a voz e ouvem-se os seus sons trazidos pela aragem húmida. Na ponta de terra mais ocidental da Europa o sol saúda o despertar do novo ano.
O corpo se acalma e se deixa penetrar pelo ambiente que o rodeia.
Sei do cansaço alguma coisa. E da humilhação quanto baste. Talvez mesmo da alegria. Do sofrimento físico um pouco. Todos se reparam melhor nestes dias.
Penso nos que sofrem em silêncio: aqueles para quem o tempo já nada representa.
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Poema de Ano Novo
Estou medindo o tempo pelos pontos
Angulares da minha união
Com todos os outros em comunhão
A hora marca a diferença conforme
Se olham as suas faces
E se aparafusa o tempo na charneira
O tempo corre à medida que se pára
E se observa o mesmo lugar
Duas vezes à distância de um ponteiro
O tempo nos embriaga e nos mata
E na hora marcada
Não espera para nos dar a sua bênção
Azenhas do Mar, 1 de Janeiro de 2006
Primeiro dia. O mar eleva a voz e ouvem-se os seus sons trazidos pela aragem húmida. Na ponta de terra mais ocidental da Europa o sol saúda o despertar do novo ano.
O corpo se acalma e se deixa penetrar pelo ambiente que o rodeia.
Sei do cansaço alguma coisa. E da humilhação quanto baste. Talvez mesmo da alegria. Do sofrimento físico um pouco. Todos se reparam melhor nestes dias.
Penso nos que sofrem em silêncio: aqueles para quem o tempo já nada representa.
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Poema de Ano Novo
Estou medindo o tempo pelos pontos
Angulares da minha união
Com todos os outros em comunhão
A hora marca a diferença conforme
Se olham as suas faces
E se aparafusa o tempo na charneira
O tempo corre à medida que se pára
E se observa o mesmo lugar
Duas vezes à distância de um ponteiro
O tempo nos embriaga e nos mata
E na hora marcada
Não espera para nos dar a sua bênção
Azenhas do Mar, 1 de Janeiro de 2006
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