Paula Rego – Love
A magnífica vantagem da democracia, apesar da ignorância e do medo, é o direito à liberdade de opinião. Vemos, ouvimos e lemos. Não é necessário, é mesmo ultrajante, que alguém nos aponte as fronteiras da liberdade.
Quem acreditar que o espaço da liberdade pode ser demarcado está, mais uma vez, a cometer um erro grosseiro. A liberdade não tem fronteiras. Nem donos, nem deuses, simplesmente homens com suas forças e fraquezas.
Quem acreditar que a política, em democracia, pode viver sem partidos, ou contra os partidos, está a cometer outro erro grosseiro. Pois mesmo que se não proclame como partido um movimento que agite a ideia da regeneração dos partidos é, em si mesmo, um partido.
As ideias puras em política quando pretendem passar à acção prática transformam-me ou em tragédia ou em comédia. Aqueles que queiram manter-se fiéis à pureza dos seus ideais devem aplicar, a si próprios, a máxima de Camus que se mantém plenamente actual: “Não sou feito para a política pois sou incapaz de querer ou de aceitar a morte do adversário.”
(Depois de uma volta pelos meus blogues favoritos, imediatamente após conhecidos os resultados das eleições presidenciais).
A magnífica vantagem da democracia, apesar da ignorância e do medo, é o direito à liberdade de opinião. Vemos, ouvimos e lemos. Não é necessário, é mesmo ultrajante, que alguém nos aponte as fronteiras da liberdade.
Quem acreditar que o espaço da liberdade pode ser demarcado está, mais uma vez, a cometer um erro grosseiro. A liberdade não tem fronteiras. Nem donos, nem deuses, simplesmente homens com suas forças e fraquezas.
Quem acreditar que a política, em democracia, pode viver sem partidos, ou contra os partidos, está a cometer outro erro grosseiro. Pois mesmo que se não proclame como partido um movimento que agite a ideia da regeneração dos partidos é, em si mesmo, um partido.
As ideias puras em política quando pretendem passar à acção prática transformam-me ou em tragédia ou em comédia. Aqueles que queiram manter-se fiéis à pureza dos seus ideais devem aplicar, a si próprios, a máxima de Camus que se mantém plenamente actual: “Não sou feito para a política pois sou incapaz de querer ou de aceitar a morte do adversário.”
(Depois de uma volta pelos meus blogues favoritos, imediatamente após conhecidos os resultados das eleições presidenciais).
1 comentário:
"Quem acreditar que a política, em democracia, pode viver sem partidos, ou contra os partidos, está a cometer outro erro grosseiro. "
Nem "sem" nem "contra" mas "também" para além dos partidos políticos há espaços de cidadania e democracia.
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