terça-feira, agosto 29

ESQUADRA DE POLÍCIA

Posted by Picasa Fotografia de Angèle

Ao início da tarde um telefonema do meu filho: havia sido assaltado no polidesportivo à porta de casa. O telemóvel foi à vida. Buscava conselho se havia de telefonar para o 112. Que sim. Mais uma peripécia do quotidiano envolvendo uma entidade de serviço público. O carro patrulha surgiu pouco depois mas o alerta tinha sido tardio. Seguiu-se, já com a minha presença, a apresentação da respectiva queixa na esquadra da PSP. Atendimento correcto e eficiente. Os agentes são jovens e demonstram agilidade a lidar com a informação, a informática e as pessoas. Uma diferença abissal em relação a um passado não muito longínquo. Não adianto mais detalhes que não interessam para aqui. Mas tal como no serviço público de saúde mostramos ser uma família de sortudos. Também neste caso os reparos possíveis são amplamente compensados pelos aspectos positivos.
……

Mais tarde já noite o meu filho desceu para se reunir com os amigos e estar de olho vivo à envolvente. Os agentes tinham-nos dito que eles voltariam de novo ao local. Tinha acabado de escrever a primeira parte deste post quando tocou a campainha. Um jovem pelo inter comunicador pedia-me para descer. Dois polícias precisavam de falar comigo. Desci. Os agentes que à tarde tinham tomado conta da ocorrência acabavam de prender os presumíveis ladrões. Acontecera que uma jovem tinha avistado nas redondezas do prédio o que lhe pareceu ser um dos assaltantes da tarde que, uns dias atrás, a tinha assaltado a ela. Especialidade: telemóveis. Idade: dezasseis anos. Tez da pela: branca. O meu filho ligou rápido do telemóvel de um amigo para o 112 e os agentes em poucos minutos “voaram” da esquadra e lançaram-lhes a mão. Eram mesmo eles como se veio a comprovar pelas diligências seguintes que não vou descrever. Os dois telemóveis foram recuperados. O do meu filho poucas horas após o furto.
…….

Suponho que estas situações positivas na relação com os serviços públicos só me acontecem a mim e à minha família. Os factos são reais e acabaram de ocorrer tal qual um episódio de uma célebre série americana. Mais uma vez o serviço público neste caso de polícia funcionou como deve. Os jovens que foram os protagonistas dos factos de um lado e de outro vão reter na memória uma polícia que já não é a mesma de outros tempos. Não relato mais detalhes que dariam para uma longa e interessante conversa. Há dias de sorte! Durou umas horas e desta vez não paguei taxa.

4 comentários:

Anónimo disse...

PORTO, 2006.08.29
Viva,
Ed, dizes:

1) - “Suponho que estas situações positivas na relação com os serviços públicos só me acontecem a mim e à minha família.”

Apetece-me dizer que tiveste sorte no final das contas, desde um serviço público que funcionou bem até ao reaver do equipamento. É que nem sempre é assim. Quando citas, “polícia que já não é a mesma de outros tempos.”, a mim, como cidadão e potencial utilizador dos serviços da polícia, agrada-me muito ouvir. Mas há aqui uma incoerência na atitude dos policiais que me perturba o raciocínio. Ora, eu penso que o problema das horas extraordinárias dos policiais, os problema da segurança destes profissionais e outras reivindicações em tempos apresentadas, estarão ainda por resolver. como estavam há meses atrás. Então, se trabalham bem agora é porque têm boas condições para tal e devem considerar-se as reivindicações apresentadas como conseguidas e resolvidas. Será?.

Nos meus comentários anteriores nunca estive, só estar por estar, contra os serviços públicos. Fiz uns comentários às áreas da saúde e segurança, porque estas são as mais sensíveis e são aquelas cujas reclamações têm mais eco. Mas não tenho opinião favorável, em geral, do bom funcionamento do serviço público. Durante muitos anos e derivado do desempenho da minha profissão, fui utilizador dos serviços das Repartições de Finanças e aquilo era um horror, filas intermináveis e, a maior parte das vezes os funcionários na palheta. O funcionamento dos Bancos idem, filas e filas quando em Espanha os bancos estavam vazios.

Como cidadão tenho direitos e nunca vou deixar de estar atento ....

2) - Curiosa é também esta tua referência:-“ Os factos são reais e acabaram de ocorrer tal qual um episódio de uma célebre série americana.”

Estava a pensar nisso quando lia o eu artigo.

3)- Agradam-me os teus textos. Continua sempre

JS

Anónimo disse...

Mas que sorte Manel. Nos tempos actuais com a gatunagem que por aí anda, reaver equipamento roubado é obra e com tanta rapidez.
Prima de Mons Carpasios
2006.08.29

Anónimo disse...

Teve mais sorte que o Nuno: também foi assaltado, ele e um amigo. Não ao inicio da tarde, mas às duas da manhã; não em Telheiras mas no Bairro Alto (diferenças de idades!). Recuperou o cartão do telemóvel porque o assaltante foi simpático e ele, Nuno, já experiente nestes assaltos, tomou a iniciativa de lho pedir! Telemóvel...só comprando outro poderá voltar a beneficiar desse serviço tão fundamental.
A grande diferença: não ligou o 112; não apresentou queixa; não recorreu aos serviços da polícia. Aquele tipo de assalto já se tornou banal e a descrença num resultado positivo leva a que não se recorra aos ditos.
Sorte Manel; de ti não esperaria outra coisa.

Eduardo Graça disse...

Desta vez as coisas correram bem. Face a este tipo de deliquência os ofendidos não devem armar em heróis. É demasiado perigoso. Mas também não devem deixar de tomar as iniciativas que as situações aconselhem. As forças policiais não actuam só através dos agentes que trazemos agarrados na nossa memória. Hoje actuam, muitas vezes, sem farda utilizando processos mais adequados à própria natureza da delinquência moderna. Isto para dizer que vale sempre a pena apresentar a respectiva queixa. Apesar do que é corrente ouvir dizer nas conversas de rua as polícias existem, estão no terreno e, com todas as vicissitudes próprias das suas funções, actuam.