As sevícias
Homem nú com trela: A notícia é perturbadora.Dar lições de civilização ao mundo árabe é algo que se está a mostrar uma tarefa complexa para os EUA e seus aliados. Aliás as civilizações são algo muito complexo.
Não sei se os altos responsáveis dos EUA percebem algo da matéria. Mas devem dispor de conselheiros e especialistas. Acontece que existem diversas civilizações, diversas religiões, diversas tradições, línguas, ou famílias de línguas, em suma, diversidade.
A diversidade carece de ser reconhecida e certamente que os altos responsáveis de todas as partes em conflito a reconhecem. Mas falta a capacidade de aceitação das diferenças. Aí está a fronteira entre o fanatismo e a tolerância.
É esta capacidade de aceitação que está em deficit nos conflitos no Iraque e, em geral, no Médio Oriente. Ninguém, de boa fé, acredita que a paz se alcance, neste caso, com a guerra. Não se trata de combater uma ideologia totalitária, expansionista e alucinada, como no caso do nazismo, mas uma tendência, ou uma corrente, radical do Islão. A religião estabelece toda a diferença.
Combatem-se os extremistas e os fanáticos isolando-os dos povos de que são originários e não dando razões aos povos para apoiar os extremistas e os fanáticos. As notícias de violência sobre prisioneiros e, em particular, as sevícias são mais uma acha para a fogueira do fanatismo.
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