Naide Gomes
Eu gostava de ter escrito o que Ferreira Fernandes escreveu, hoje, no DN:
Entrevista a Naide Gomes. Perguntam-lhe: "Alguma vez foi discriminada por ser de raça negra?" E ela não responde o óbvio: "Não me dou com daltónicos." Responde como se ela fosse o que não é: negra. Não que ser negra ou branca seja mais ou menos. É o que é. E, pelo que eu tenho visto na vida, é sempre, mas sempre, o que é em cada indivíduo. Acontece que Naide Gomes não é negra. Olhem-na. E, se for preciso (porque há daltónicos), peçam-lhe o BI. Nome: "Enezenaide do Rosário da Vera Cruz Gomes." Chega? Se não, leia de onde é: "São Tomé." Pronto, já sabe. Naide é da única raça superior que existe. Mário António, poeta angolano e que foi administrador da Gulbenkian, escreveu um livro com este título: Luanda, Ilha Crioula. Fala de um mundo que não se fica pelas Ingombotas. Vai do Rio a Vancôver, passando pela ilha do Príncipe. Naide é dessa raça, a superior. A que se vai fazendo desde que Lucy saiu do corno de África e nos foi inventando. Naide é de amanhã.
Eu gostava de ter escrito o que Ferreira Fernandes escreveu, hoje, no DN:
Entrevista a Naide Gomes. Perguntam-lhe: "Alguma vez foi discriminada por ser de raça negra?" E ela não responde o óbvio: "Não me dou com daltónicos." Responde como se ela fosse o que não é: negra. Não que ser negra ou branca seja mais ou menos. É o que é. E, pelo que eu tenho visto na vida, é sempre, mas sempre, o que é em cada indivíduo. Acontece que Naide Gomes não é negra. Olhem-na. E, se for preciso (porque há daltónicos), peçam-lhe o BI. Nome: "Enezenaide do Rosário da Vera Cruz Gomes." Chega? Se não, leia de onde é: "São Tomé." Pronto, já sabe. Naide é da única raça superior que existe. Mário António, poeta angolano e que foi administrador da Gulbenkian, escreveu um livro com este título: Luanda, Ilha Crioula. Fala de um mundo que não se fica pelas Ingombotas. Vai do Rio a Vancôver, passando pela ilha do Príncipe. Naide é dessa raça, a superior. A que se vai fazendo desde que Lucy saiu do corno de África e nos foi inventando. Naide é de amanhã.
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