Fotografia de Hélder Gonçalves
Os festejos da liberdade coincidiram para mim com exames médicos de rotina. É mais ou menos assim todos os anos. Os resultados (dos exames) até ao momento são bons. Mas como me dizia tempos atrás um médico amigo tudo está bem até ao dia em que tudo fica mal e zás. É por essas e por outras inclusive aquela do cortar e coser (e não cozer) carne – obrigadinha à Fátima – que para mim seria impensável o exercício da medicina.
Penso no Eduardo Barroso e como admiro a capacidade dos médicos em lidar todos os dias com a saúde e a falta dela ouvir as queixas as crenças saber dos diagnósticos sentir a luta entre a esperança e o desespero compartilhar a dor ministrar os cuidados paliativos também por palavras acompanhar o alívio da cura e frequentar a antecâmara da morte.
Nada do que possa dizer em tom de ironia acerca das aventuras políticas de juventude de quem quer que seja põe em causa a minha admiração pelos cidadãos intervenientes e pelos profissionais de excelência em que se transformaram a maior parte dos quadros do extinto MES. Muito menos dos médicos que por lá militaram e que não são tão poucos assim. Bem hajam! (não são tão … é bonito!).
Mas ao que vinha agora é bem mais prosaico e tem a ver com a minha última ida ao médico de verdade. Resolvi ir de carro num dia de pouco movimento pois uma 2ª feira entalada entre domingo e feriado não é dia não é nada. Lá fui para uma zona de avenidas com parqueamento à superfície pago. Foi fácil como esperava arranjar lugar.
Fui à máquina pagar e sacar o respectivo recibo. Introduzi um euro para me dar folga pois acho arrepiante chegar ao pé do carro e encontrar o lugar vago ou o dito bloqueado. A máquina engoliu o euro e não cuspiu o papel. Sacudi a dita como uma vez me recomendaram. É um gesto um bocado ridículo mas vá lá mais uma sacudidela. Nada. Armado em mecenas introduzi mais 25 cêntimos para fazer uma conta certa pela tabela anexa à dita. Duas vezes nada.
Extremoso cumpridor e crente na coisa pública dirigi-me à máquina mais próxima daquela que acabara de me furtar ou roubar a massa. Introduzi uma quantia qualquer cautelarmente mais pequena e a dita mostrou-se entupida ou seja não engoliu a massa.
Não fiquei enfurecido nem sequer zangado antes pelo contrário até divertido pois estou preparado para quase tudo e só qualquer coisa como o corpo que vi no outro dia embrulhado num saco branco no meio da rua lá ao pé de casa e a mota despedaçada ao lado dele é que me faz faltar o sangue e lá fui para o consultório.
Apresentei-me no dito dentro do horário previsto e escrevi num papel: “EMEL – a máquina da zona X gamou-me o dinheiro e não deu recibo. Cumprimentos.” Lá fui célere colocá-lo no tablier adivinhando a “tourada” que poderia advir da acção providencialmente reforçada dos fiscais da EMEL…
O médico experiente no mister e nos segredos da zona X descansou-me afirmando com bonomia que o sistema era mesmo assim. O empregado da pastelaria defronte corroborou a tese. A menina do consultório idem aspas. Acabados os actos médicos fui à minha vida e o carro lá estava tal qual.
Essa coisa que gere o estacionamento à superfície em Lisboa a bendita EMEL empresa pública municipal continua a ser uma brincadeira de mau gosto. Basta ver o site em construção digo remodelação pelos vistos desde 1994 data da sua fundação. A EMEL com o tempo ganhou corpo mas perdeu neurónios. Ele há coisas que são mesmo assim…haja saúde! …
Os festejos da liberdade coincidiram para mim com exames médicos de rotina. É mais ou menos assim todos os anos. Os resultados (dos exames) até ao momento são bons. Mas como me dizia tempos atrás um médico amigo tudo está bem até ao dia em que tudo fica mal e zás. É por essas e por outras inclusive aquela do cortar e coser (e não cozer) carne – obrigadinha à Fátima – que para mim seria impensável o exercício da medicina.
Penso no Eduardo Barroso e como admiro a capacidade dos médicos em lidar todos os dias com a saúde e a falta dela ouvir as queixas as crenças saber dos diagnósticos sentir a luta entre a esperança e o desespero compartilhar a dor ministrar os cuidados paliativos também por palavras acompanhar o alívio da cura e frequentar a antecâmara da morte.
Nada do que possa dizer em tom de ironia acerca das aventuras políticas de juventude de quem quer que seja põe em causa a minha admiração pelos cidadãos intervenientes e pelos profissionais de excelência em que se transformaram a maior parte dos quadros do extinto MES. Muito menos dos médicos que por lá militaram e que não são tão poucos assim. Bem hajam! (não são tão … é bonito!).
Mas ao que vinha agora é bem mais prosaico e tem a ver com a minha última ida ao médico de verdade. Resolvi ir de carro num dia de pouco movimento pois uma 2ª feira entalada entre domingo e feriado não é dia não é nada. Lá fui para uma zona de avenidas com parqueamento à superfície pago. Foi fácil como esperava arranjar lugar.
Fui à máquina pagar e sacar o respectivo recibo. Introduzi um euro para me dar folga pois acho arrepiante chegar ao pé do carro e encontrar o lugar vago ou o dito bloqueado. A máquina engoliu o euro e não cuspiu o papel. Sacudi a dita como uma vez me recomendaram. É um gesto um bocado ridículo mas vá lá mais uma sacudidela. Nada. Armado em mecenas introduzi mais 25 cêntimos para fazer uma conta certa pela tabela anexa à dita. Duas vezes nada.
Extremoso cumpridor e crente na coisa pública dirigi-me à máquina mais próxima daquela que acabara de me furtar ou roubar a massa. Introduzi uma quantia qualquer cautelarmente mais pequena e a dita mostrou-se entupida ou seja não engoliu a massa.
Não fiquei enfurecido nem sequer zangado antes pelo contrário até divertido pois estou preparado para quase tudo e só qualquer coisa como o corpo que vi no outro dia embrulhado num saco branco no meio da rua lá ao pé de casa e a mota despedaçada ao lado dele é que me faz faltar o sangue e lá fui para o consultório.
Apresentei-me no dito dentro do horário previsto e escrevi num papel: “EMEL – a máquina da zona X gamou-me o dinheiro e não deu recibo. Cumprimentos.” Lá fui célere colocá-lo no tablier adivinhando a “tourada” que poderia advir da acção providencialmente reforçada dos fiscais da EMEL…
O médico experiente no mister e nos segredos da zona X descansou-me afirmando com bonomia que o sistema era mesmo assim. O empregado da pastelaria defronte corroborou a tese. A menina do consultório idem aspas. Acabados os actos médicos fui à minha vida e o carro lá estava tal qual.
Essa coisa que gere o estacionamento à superfície em Lisboa a bendita EMEL empresa pública municipal continua a ser uma brincadeira de mau gosto. Basta ver o site em construção digo remodelação pelos vistos desde 1994 data da sua fundação. A EMEL com o tempo ganhou corpo mas perdeu neurónios. Ele há coisas que são mesmo assim…haja saúde! …
1 comentário:
Haja saúde e paciência para aguentar estes nossos serviçozinhos; eu ando às voltas com a PT. Um abraço
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