sábado, maio 5

Arbeit Macht Frei – O trabalho liberta

Posted by PicasaFotografia de Sara Amaral*

O problema não é o saber colado a cuspo, é o sangue de milhões de vítimas do nazi fascismo.

Ainda ontem me pus a pensar qual a razão do teor do discurso de Portas na Madeira no dia do trabalhador. Não ouvi o discurso mas li a notícia acerca dele que referia a coincidência de uma frase sua com um lema nazi. Depois fez-se o silêncio. Hoje, depois de ler Ferreira Fernandes, entendi melhor: Portas é protegido pela comunicação social, vá lá saber-se porquê!

No caso em apreço das duas uma: ou Portas conhecia o lema nazi que proclamou e, dessa forma, assume-o como uma bandeira ideológica; ou não conhecia o lema nazi e, nesse caso, ainda é pior pois além da ignorância, que não fica bem a um líder político que pretende integrar o chamado “arco do poder”, significa que o dito lema faz parte intrínseca do seu pensamento político.

Diga-se que o meu filho – 16 anos – aluno da escola alemã – quando lhe referi o episódio pronunciou, espontaneamente, a frase em questão indicando que a mesma era um lema nazi utilizada nos campos de concentração.

Imaginemos que um outro líder político, em Portugal, incluindo o primeiro-ministro, proferia uma aleivosia de igual gravidade acerca de um assunto qualquer? Tenho para mim que esta desvalorização da deriva ideológica extremista de Portas se deve ao trabalho de uma qualquer central de informação!


*As minhas desculpas antecipadas à autora da fotografia mas este infeliz episódio da nossa política caseira é demasiado sério e precisava de ser acompanhado por uma fotografia de excelência.

1 comentário:

Tinta Azul disse...

Eu não esqueço o dia em que atravessei aquele portão de Auschwitz-Birkenau e li que "o trabalho liberta". Tudo tao horrívelmente organizado. Que estranha sensação tive, porque quem visse apenas, não entrasse e não soubesse, não imaginaria o que ali se passou.