Simon Gris
Estas eleições autárquicas em Lisboa são uma espécie de primárias das eleições que se hão-de disputar daqui a ano e meio. Não que do resultado destas decorra a eliminação de quaisquer candidaturas para as eleições seguintes, mas o seu resultado será uma clarificação decisiva para a próxima escolha.
Todas as sondagens, apesar das suas limitações, parecem apontar para uma vitória de António Costa. Resta saber a dimensão política dessa vitória, ou seja, se alcançará a maioria, difícil no contexto de tantas candidaturas, ou se Costa será obrigado a fazer acordos que permitam governar a cidade.
Não dou uma importância decisiva a esse factor na justa medida em que a provável vitória relativa do PS nestas eleições, e as dificuldades a que dará azo, tornará mais clara a necessidade de uma maioria absoluta nas eleições de 2009.
Estas eleições autárquicas em Lisboa são uma espécie de primárias das eleições que se hão-de disputar daqui a ano e meio. Não que do resultado destas decorra a eliminação de quaisquer candidaturas para as eleições seguintes, mas o seu resultado será uma clarificação decisiva para a próxima escolha.
Todas as sondagens, apesar das suas limitações, parecem apontar para uma vitória de António Costa. Resta saber a dimensão política dessa vitória, ou seja, se alcançará a maioria, difícil no contexto de tantas candidaturas, ou se Costa será obrigado a fazer acordos que permitam governar a cidade.
Não dou uma importância decisiva a esse factor na justa medida em que a provável vitória relativa do PS nestas eleições, e as dificuldades a que dará azo, tornará mais clara a necessidade de uma maioria absoluta nas eleições de 2009.
*
Sou residente e eleitor em Lisboa desde que, em 25 de Abril de 1974, foi restaurada a democracia em Portugal e votei em todas as eleições. Continuo a achar o voto um acto cívico exaltante.
Lamentavelmente as próximas eleições decorrem em 15 de Julho a pior data de todas com excepção das restantes seis possíveis nos meses de Julho e Agosto. Não tinha o governo de direita – PSD/PP – prometido, de forma solene, acabar com os governadores civis?
Deixando de lado as inexplicáveis tortuosidades e delongas do processo eleitoral, que requer urgente reforma, sou dos que consideram que o PS tomou uma decisão acertada, e corajosa, ao fazer avançar António Costa para a cabeça desta candidatura.
Como cidadão venho dar o meu contributo, neste e nos documentos que se seguirão, para um programa de governo para a cidade de Lisboa. Nada que não tenha já sido dito, no essencial, mas sou daqueles que acha que nunca se perde tempo quando se exercem os deveres de cidadania.
Sou residente e eleitor em Lisboa desde que, em 25 de Abril de 1974, foi restaurada a democracia em Portugal e votei em todas as eleições. Continuo a achar o voto um acto cívico exaltante.
Lamentavelmente as próximas eleições decorrem em 15 de Julho a pior data de todas com excepção das restantes seis possíveis nos meses de Julho e Agosto. Não tinha o governo de direita – PSD/PP – prometido, de forma solene, acabar com os governadores civis?
Deixando de lado as inexplicáveis tortuosidades e delongas do processo eleitoral, que requer urgente reforma, sou dos que consideram que o PS tomou uma decisão acertada, e corajosa, ao fazer avançar António Costa para a cabeça desta candidatura.
Como cidadão venho dar o meu contributo, neste e nos documentos que se seguirão, para um programa de governo para a cidade de Lisboa. Nada que não tenha já sido dito, no essencial, mas sou daqueles que acha que nunca se perde tempo quando se exercem os deveres de cidadania.
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Promover a reforma administrativa da cidade, criando novas freguesias em lugar das velhas, ajustando o mapa administrativo da cidade à sua realidade sociológica e económica.
Elaborar uma “Carta para o Desenvolvimento Sustentável de Lisboa”, integrando todos os instrumentos de gestão urbanística, na qual se inscrevam as prioridades do investimento, público e privado, assim como as regras e incentivos à iniciativa empresarial com prioridade para a criação de emprego.
Viabilizar o projecto de “Reabilitação e Revitalização da Baixa da Lisboa” criando condições para o seu “repovoamento” através da oferta de habitação para venda e arrendamento e incentivando a fixação de empresas de bens e serviços qualificados.
Criar o programa “Lisboa Cidade do Conhecimento”, promovendo a articulação entre as entidades produtoras de conhecimento e a actividade empresarial, assumindo que o desenvolvimento da economia de Lisboa assenta na criação de riqueza oriunda de actividades intensivas em inovação, informação, conhecimento e competência técnico científica.
Realizar, com prioridade, uma auditoria às entidades empresariais participadas pela CML, tendo em vista a sua reorganização e promovendo, caso se justifique, a sua extinção, fusão ou privatização.
Racionalizar o trânsito automóvel na cidade através da criação de uma nova política de mobilidade que valorize os transportes públicos e incentive a sua utilização em conjugação com a criação de estacionamentos periféricos e uma efectiva desmotivação do estacionamento à superfície.
E que cada candidato, além da declaração pública de interesses, obrigatória por lei, declare que a motivação da sua candidatura não é económica mas de prestação de um serviço público. Difícil, utópico? Para começar já me satisfazia com um compromisso público de não participação, directa ou indirecta, dos candidatos e dos mandatários, em estudos, projectos e empreendimentos, lucrativos, que tenham lugar no concelho de Lisboa.
Promover a reforma administrativa da cidade, criando novas freguesias em lugar das velhas, ajustando o mapa administrativo da cidade à sua realidade sociológica e económica.
Elaborar uma “Carta para o Desenvolvimento Sustentável de Lisboa”, integrando todos os instrumentos de gestão urbanística, na qual se inscrevam as prioridades do investimento, público e privado, assim como as regras e incentivos à iniciativa empresarial com prioridade para a criação de emprego.
Viabilizar o projecto de “Reabilitação e Revitalização da Baixa da Lisboa” criando condições para o seu “repovoamento” através da oferta de habitação para venda e arrendamento e incentivando a fixação de empresas de bens e serviços qualificados.
Criar o programa “Lisboa Cidade do Conhecimento”, promovendo a articulação entre as entidades produtoras de conhecimento e a actividade empresarial, assumindo que o desenvolvimento da economia de Lisboa assenta na criação de riqueza oriunda de actividades intensivas em inovação, informação, conhecimento e competência técnico científica.
Realizar, com prioridade, uma auditoria às entidades empresariais participadas pela CML, tendo em vista a sua reorganização e promovendo, caso se justifique, a sua extinção, fusão ou privatização.
Racionalizar o trânsito automóvel na cidade através da criação de uma nova política de mobilidade que valorize os transportes públicos e incentive a sua utilização em conjugação com a criação de estacionamentos periféricos e uma efectiva desmotivação do estacionamento à superfície.
E que cada candidato, além da declaração pública de interesses, obrigatória por lei, declare que a motivação da sua candidatura não é económica mas de prestação de um serviço público. Difícil, utópico? Para começar já me satisfazia com um compromisso público de não participação, directa ou indirecta, dos candidatos e dos mandatários, em estudos, projectos e empreendimentos, lucrativos, que tenham lugar no concelho de Lisboa.
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