Para a Helena
“Setembro (1937)
Se dizeis: “eu não compreendo o cristianismo, quero viver sem consolação”, então sois um espírito limitado e parcial. Mas se, vivendo sem consolação, dizeis: “compreendo a posição cristã e admiro-a”, sois um diletante sem profundidade. Começo a deixar de ser sensível à opinião.
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“Setembro (1937)
Se dizeis: “eu não compreendo o cristianismo, quero viver sem consolação”, então sois um espírito limitado e parcial. Mas se, vivendo sem consolação, dizeis: “compreendo a posição cristã e admiro-a”, sois um diletante sem profundidade. Começo a deixar de ser sensível à opinião.
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Claustro de San Marco. O sol no meio das flores.
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Primitivos “siennois” e florentinos. A sua obstinação em fazerem os monumentos mais pequenos do que os homens não vem de uma ignorância em relação à perspectiva, mas da firmeza na confiança que depositam no homem e nos santos que põem em cena. Inspirar nesse facto para cenário de teatro.
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As rosas retardatárias de Santa Maria Novella e as mulheres, neste domingo de manhã em Florença. Os seios libertos, os olhos e os lábios que vos fazem bater o coração, a boca seca e um calor nos rins”
Albert Camus – Excertos dos “Cadernos” – Edição Livros do Brasil. [Apontamentos de uma visita a Pisa e Florença.]
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3 comentários:
Eu vim agradecer o carinho que eu sinto cada vez que leio um comentário seu. Obrigadissima. Mesmo.
Florença é das cidades mais espectaculares que conheci.
Obrigada, Eduardo. Deveria ter lido Camus antes de lá ter ido. Ou melhor, talvez ter visto com os meus olhos e agora sinta mais com estas palavras que me vai oferecendo.
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