O "caso Marcelo", mais a cabala do Ministro Gomes da Silva, mais esta afirmação, convicta, do Ministro Morais Sarmento, mais a "central de Comunicação", e o que adiante se verá,...demonstram um muito peculiar conceito da liberdade de informação!
"O ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, defendeu hoje que deve ser o Governo a definir o modelo de programação da RTP, porque é o Executivo que responde pelas decisões praticadas na televisão pública.
«Deve haver uma definição por parte do poder político acerca do modelo de programação do operador de serviço público», afirmou Morais Sarmento, durante o primeiro colóquio da Rádio e Televisão de Portugal, que decorreu em Lisboa.
O ministro reagia às palavras do deputado socialista e ex-secretário de Estado da Comunicação Social Alberto Arons de Carvalho, que, segunda-feira, pediu a Morais Sarmento que se pronunciasse acerca da notícia do EXPRESSO em que se anunciava a substituição para breve do actual director de informação da RTP, José Rodrigues dos Santos.
Apesar de sublinhar que o papel do Governo «não pode envolver o que são as competências da administração, como seja a escolha dos responsáveis» pelas áreas de programas ou de informação, o ministro que tutela a pasta da Comunicação Social lembrou serem «os responsáveis políticos que respondem perante o povo».
«Não são os jornalistas nem as administrações que vão responder perante os eleitores» pela informação ou pela programação da estação pública, sublinhou o ministro.
Por isso, defendeu, é necessário «haver limites à independência» dos operadores públicos sob pena de ser adoptado «um modelo perverso», que exige responsabilidades a quem não toma as decisões.
«Não tenho direito a mandar, mas tenho direito a ter opinião», sublinhou Morais Sarmento, defendendo que «a RTP ainda tem um longo percurso [a percorrer] a nível dos conteúdos» que transmite."
Expresso on line
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