Outro discurso: neste dia 6 de Agosto, no campo, uma manhã dum dia esplêndido: sol, calor, flores, silêncio, calma, esplendor. Nada há que vagueie, nem o desejo nem a agressão; apenas o trabalho aqui está, à minha frente, como uma espécie de ser universal: está tudo cheio. Será então isto a natureza? Uma ausência… do resto? A Totalidade?”
6 de Agosto de 1973 – 3 de Setembro de 1974
"Roland Barthes por Roland Barthes" - 47
(Fragmento 2 de 2, pag. 20)
Edição portuguesa: "Edições 70"
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Este é o último post desta série de fragmentos da minha primeira leitura de “Roland Barthes por Roland Barthes”. A sua divulgação resulta do prazer da leitura que a obra me provocou. Aqui deixo o caminho para um melhor conhecimento do autor através do acesso a este sítio.
O meu livro artesanal (em folhas A4) foi elaborado, no início dos anos 80, através da colagem de fotocópias de fragmentos da obra. Escrevi, ao mesmo tempo, um conjunto de notas pessoais apostas, uma a uma, em cada página.
A última das quais é esta que seria capaz de escrever, letra a letra, ainda hoje: “não se podem menosprezar sistematicamente os actos as acções os gestos que nos dão prazer. são esses que podemos levantar nas mãos e lançar à nossa frente.” Este é o programa do prazer da acção e da acção por prazer.
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