A imigração é um tema que separa, de forma clara, a direita da esquerda. Os conservadores britânicos assumem essa diferença chamando à primeira linha do seu programa para a próximas eleições gerais a questão da imigração.
Em Portugal, na eminência de eleições, o PSD "engole" os princípios defendidos pelos socialistas e os ultraconservadores do CDS/PP estão, para já, calados que nem ratos acerca do tema aproveitando os deslizes do BE para "deslocalizar" o epíteto de "neo-fascistas", que lhes assenta que nem uma luva, para longe. (Voltaremos ao tema no plano nacional.)
"Michael Howard, líder do Partido Conservador britânico, vai explicar hoje como é que, com cortes orçamentais de 35 mil milhões de libras, logrará estancar a imigração, mantendo uma segurança ininterrupta - 24 horas sobre 24 horas - nos portos do Reino Unido.
Isto depois de, ontem, em anúncio de página inteira no Sunday Telegraph, ter gizado as linhas gerais do seu plano de permitir apenas a entrada de "refugiados genuínos" e familiares de imigrantes já legalizados, caso ganhe as eleições legislativas da Primavera.
Descendente de uma família de imigrantes romenos (o pai imigrou para o sul de Gales em 1939), o líder dos Tories entende ser chegado o momento de impedir o surgimento de mais "Peterborough" no país - cidade com cerca de 157 mil habitantes, o correspondente ao número de imigrantes que, anualmente, entraram no Reino Unido desde 1999. Um ritmo de entradas que, de acordo com o político britânico, está a minar "as boas relações comunitárias, a segurança nacional e a gestão dos serviços públicos".
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