Os partidos da maioria de direita tentam empurrar o PS para um lugar de governo virtual. Como se o PS já fosse responsável por uma política cujos efeitos negativos o povo julgará nas urnas em 20 de Fevereiro.
Os partidos da coligação do governo demissionário tentam colocar-se no lugar da oposição a um governo virtual do PS. A penalização nas urnas dessa maioria virtual é possível de explorar pela convicção esmagadora, enraizada na opinião pública, de que o PS vai ganhar as eleições.
Faltam 37 dias. Um tempo longo para a direita. Mas um tempo escasso para o PS. A direita esconde com dificuldade as suas divisões profundas. Entre partidos, no seio de cada partido e, de forma perturbante, no interior do PSD. É essa fraqueza que o PS tem de explorar.
Mas para isso o PS tem de apresentar o seu programa eleitoral depressa e bem. Os ensaios, convenhamos, não têm sido brilhantes.
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