“Ora, se não podemos empenhá-la, a juventude herdada pelos filhos apesar de viável resolve mal (não resolve) o problema. Evidentemente, ninguém é o próprio filho, por mais enredadas e complexas que nos pareçam as relações ascendência-descendência, por maior que seja a carga biológica, afectiva, social, histórica, detectável nelas. Não se transmite a individualidade mas apenas alguns cromossomas. O indivíduo (leia-se tudo o que a palavra condensa de insubstituível, irrepetível) continua prisioneiro da sua pele, do seu limite, até ao fim.”
“O Aprendiz de Feiticeiro” – Carlos de Oliveira
Fragmentos – pag. 12 (1 de 3)
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